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A GENÉTICA E O GANHO DE MASSA MUSCULAR PARA ECTOMORFO

Esse é um artigo polêmico pois iremos tocar na ferida principal de todo ectomorfo, a genética.

A muito tempo que estudos sobre os diferentes tipos de genética para tentar entender o meu organismo, sempre tive dificuldade de ganhar massa muscular e não foi uma nem duas vezes que vi amigos com o mesmo treino que eu, seguindo a mesma dieta e conseguindo resultados rápidos e satisfatórios enquanto eu parecia continuar estagnado no mesmo lugar.

É de conhecimento da grande maioria que o biótipo Ectomorfo é caracterizado pelo indivíduo que tem dificuldade em ganhar peso e massa muscular, metabolismo acelerado, o que significa que queimam calorias mais rapidamente, têm uma maior proporção de fibras musculares do tipo I, que são responsáveis pela resistência muscular. Essas fibras são mais adequadas para atividades de baixa intensidade, como corrida de longa distância. Por outro lado, eles têm uma menor proporção de fibras musculares do tipo II, que são responsáveis pelo crescimento e força muscular. Isso explica por que os ectomorfos geralmente têm dificuldade em ganhar massa muscular, além disso, algumas pessoas ectomorfas podem ter níveis mais baixos desses hormônios, o que pode dificultar ainda mais o ganho de massa muscular.

Depois de muitos anos de estudo e tendo de aceitar com muita dor o balde de água fria que é a realidade de um ectomorfo, consegui entender o porquê pessoas como Arnaldo Shwarzenegger (mesmo com o uso de esteroides anabolizantes) conseguiram resultados mais satisfatórios do que a maioria de seus concorrentes que utilizavam dos mesmos mecanismos que ele para crescer.  

Estamos falando de genética, essa realidade dura e crua que vai contra a todas as frases motivacionais e o otimismo da indústria do fitness.

Pesquisas recentes mostram que alguns indivíduos respondem muito bem ao treinamento de força, alguns mal respondem e outros não respondem nada. Você leu isso corretamente. Algumas pessoas não mostram nenhum resultado perceptível. Para esses os pesquisadores criaram o termo “não respondedores”, e nos sabemos o quanto é uma merda ser um deles.

Apesar de toda a ciência e o excesso de pesquisas afirmando que a genética pode sim limitar o ganho muscular de um indivíduo, temos uma gama enorme de coachs, treinadores e vendedores de programas de treinamento que prometem ganhos milagrosos em um prazo curto de tempo mostrando fotos e resultados de antes e depois de pessoas que estão na elite genética do ganho da massa muscular e quase sempre desconsiderando a ampla gama de variáveis que existem no meio do caminho para que estes ganhos sejam reais de acordo com a genética de cada um.

O que quero dizer que é possível sim um ectomorfo ter um ganho muscular significativo, mas para isso acontecer ele deve ser feito com um treinamento especializado e otimizado para seu biotipo.

A MANEIRA DA GENÉTICA AGIR

Um estudo excepcional feito pelo John K. Petrella, (estudo) utilizou uma análise para classificar 66 humanos após 16 semanas de treinamento de resistência, levando em consideração o exercício de extensão de joelho. O resultado foi muito interessante, 17 indivíduos tiveram resultados considerados extremos, 32 indivíduos tiveram resultados considerados modestos e outros 17 indivíduos foram considerados “não respondedores”.

Neste estudo, os respondentes excelentes obtiveram uma média de 21 células satélites por 100 fibras na linha de base, que aumentou para 30 células satélites por 100 fibras na semana dezesseis. Isso foi acompanhado por um aumento de 54% na área média da fibra. Os não respondedores tiveram em média 10 células satélites por 100 miofibras na linha de base, o que não mudou após o treinamento, nem sua hipertrofia. Petrella mostrou que a diferença entre um e outro se devia principalmente à ativação das células satélites onde os indivíduos com resultados extremos têm mais células satélites que envolvem suas fibras musculares, bem como uma capacidade notável de expandir seu pool de células satélites por meio de treinamento.

CONCLUSÃO

Algumas pessoas tiraram a sorte grande na vida e ganharam um pote cheio de genética boa ao nascer, esse não é meu caso e acredito que não e o seu também. Geneticamente falando, e preciso ter um conhecimento muito específico para o ganho muscular de um ectomorfo pois qualquer coisa que impacte negativamente a capacidade das miofibras de aumentar seu número de mionúcleos em resposta à carga mecânica reduzirá a hipertrofia e o potencial de força. A genética influencia diretamente na sua capacidade de ganho muscular e se você não aceitar isso e desenhar uma estratégia para driblar a sua natureza genética, continuara treinando sem conseguir resultados pelo resto de sua vida.

A nutrição adequada e um programa de treinamento direcionado exclusivamente para seu biotipo são fundamentais na hora de maximizar seus ganhos musculares.

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REFERÊNCIAS

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